Bem sei que as teorias são muitas, mas esta é uma questão que me inquieta. Mais do que isso, gostava de conseguir perceber cada sonho, fazer a leitura do que cada um deles reflecte. O que será que os meus sonhos me dizem da minha vida pessoal e da forma como encaro as minhas inquietudes? O que será que, na verdade, realmente me inquieta? Porque sonho tanto afinal? E porque é que sempre que sonho acordo tremendamente insegura relativamente à minha vida e a algumas das decisões que nela vou tomando?
Será que me arrependo de algumas decisões? Será que não estou a conseguir gerir as mesmas na prática e tento, através dos sonhos, resolver alguns problemas com a minha consciência?
E porquê pensar tanto? Não me chegará sonhar, ainda que involuntariamente? Porquê esta necessidade de tentar compreender os meus sonhos?
Talvez fosse mais saudável, apesar das calorias que acarretam, dedicar-me aos sonhos doces e comestíveis, em vez de me preocupar tanto com estes sonhos tão amargos e que me deixam tão angustiada, triste e “desgastada”.
Sim, tenho dormido muito mal... estou a precisar de repor horas de sono :)
Essa é uma velha questão que ainda não encontrou uma resposta "única". Não és a 1ª a questionar-se sobre o significado dos (seus) sonhos e não serás, certamente, a última! Eu própria tantas vezes me perguntei e pergunto...!
ResponderEliminarAté os psiquiatras, aqueles que estudam estas coisas, não chegam a um consenso... Vê Freud, por exemplo, olhava para o conteúdo do sonho como “realização dos desejos”. Se não me engano, Jung, dizia que os sonhos não seriam apenas reveladores de desejos ocultos, mas sim, uma ferramenta da psique que busca o equilíbrio por meio da compensação.
Enfim...
Eu simplesmente acho que os sonhos são... isso mesmo... sonhos! :P Uns tornam-se realidade, outros nem por isso...
Recupero aqui um pedacinho de um livro que li há uns anos e que não esqueci... Na altura recordo-me que me deixou a pensar!
Espero que gostes!
"A realidade é dolorosa e imperfeita (...) é essa a sua natureza e por isso a distinguimos dos sonhos. Quando algo nos parece muito belo pensamos que só pode ser um sonho e então beliscamo-nos para termos a certeza de que não estamos a sonhar - se doer é porque não estamos a sonhar. A realidade fere, mesmo quando, por instantes, nos parece um sonho. Nos livros está tudo o que existe, muitas vezes em cores mais autênticas, e sem a dor verídica de tudo o que realmente existe. Entre a vida e os livros, meu filho, escolhe os livros"
Beijinhos!
[Ah! É do "O vendedor de passados" de José Eduardo Agualusa.]